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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Amor escolar

Lá fora chove, acordei tarde. 14:27 . Cabulei aula para dormir um pouco mais, ou pra esquecer um pouco mais, pra fugir daquela insensatez constante. Dói-me o peito só de pensar em aparecer na escola e ver você, ver seu sorriso, e a maneira em que mexe em seus cabelos, ver como não olha pra mim com o mesmo amor que olho pra você. Só de pensar me dói a cabeça, hoje eu disse que estava doente, a minha mãe pediu pra eu ficar. Creio eu que amor não correspondido seja mesmo uma doença; Mas o doente é você, que deveria me amar, mas esta ai, alisando o seu cabelo e pensando quem será a próxima amanhã. Enquanto isso, eu permaneço deitada, ouvindo as músicas que você costumava me indicar, que costumávamos ouvir juntos enquanto olhávamos pro nada. O pior é que aquele nada, era tudo pra mim. Não existem momentos românticos entre nós, e nem algum momento em que você pareceu querer algo comigo, mas quem ama sabe que é loucura procurar amor onde não há, eu escrevo pra você como se você fosse ler, como se fosse se arrepender das dores que me causa mesmo sem querer. Eu compreendo você, porque será que não me compreende também ? Em momentos assim eu me sinto absurdamente insuficiente. Incapaz de qualquer coisa, incapaz de fazer alguém me aceitar assim, com os meus defeitos. Talvez eles sejam grandes demais para que você consiga olhar apenas para as minhas qualidades. Eu não quero admitir mas que a verdade seja dita, estou ficando cega, só tenho olhos pra você, seja lá qual for a minha direção. E por sentir você tão longe, já não sei mais o que fazer. Nem sei se te espero, se deixo de ir a escola, quantas doenças terei que inventar pra esconder tal sentimento ? Eu não quero que isso fique guardado.

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